1. Sofistas
OS SOFISTAS
Teoria sofistica
Buscam capacitar os jovens atenienses para a participação na vida
política. Educação Sofística: Oratória e erística (arte da argumentação),
cultura geral ampla. Pensamento: Não se concentravam mais no problema da natureza,
mas na polis. "O ser humano é a medida de todas as coisas", o que
implica em:
Fenomenismo: Este é um princípio filosófico que defende que só podemos conhecer as aparências das coisas, não as coisas em si mesmas. Segundo essa perspectiva, as nossas percepções são a única realidade acessível. Isso significa que, em vez de conhecermos os objetos como eles são, só podemos conhecer as nossas experiências e percepções desses objetos.
Relativismo: O relativismo é a ideia de que as percepções e as ideias são relativas ao observador e ao seu contexto. Não existem verdades absolutas ou universais que se apliquem a todos os indivíduos ou culturas. Em vez disso, a verdade é vista como algo que pode variar de pessoa para pessoa ou de cultura para cultura.
Relativismo Ético: Este é uma extensão do relativismo aplicada à moral e à ética. Sugere que não existem valores morais universais, e que as noções de certo e errado podem variar entre indivíduos e culturas. O que pode ser considerado moralmente correto em uma cultura pode ser considerado errado em outra.
Relativismo Cultural: O relativismo cultural é a ideia de que os sistemas de crenças, tradições, práticas e costumes são relativos à cultura de cada sociedade. Nenhuma cultura é superior ou inferior a outra, e cada uma deve ser avaliada e entendida em seus próprios termos.
Utilitarismo Moral: Este é um princípio ético que defende que as ações devem ser avaliadas com base em suas consequências. A ação correta é aquela que produz o maior bem para o maior número de pessoas. Neste contexto, as leis são vistas como instrumentos úteis que visam ao bem comum.
Convencionalismo Jurídico: Este princípio sugere que as leis não têm um fundamento intrínseco ou natural, mas são estabelecidas por meio de acordos entre os membros de uma sociedade. As leis são, portanto, convenções ou acordos sociais e podem ser alteradas se os cidadãos assim decidirem.
Principais contribuições dos sofistas
Os sofistas, apesar de muitas vezes criticados, contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento do pensamento humano e da filosofia. Aqui estão cinco de suas principais contribuições positivas:
Educação: Os sofistas foram essenciais no desenvolvimento do sistema de educação pago na Grécia Antiga. Eles viajaram de cidade em cidade como tutores particulares, ensinando retórica, argumentação, gramática e poesia.
Retórica e Argumentação: Os sofistas são amplamente reconhecidos por sua influência na arte da retórica. Eles ensinaram as pessoas a argumentar de forma eficaz, uma habilidade que foi altamente valorizada nas sociedades democráticas da Grécia Antiga.
Relativismo Moral e Cultural: Alguns sofistas, como Protágoras, introduziram o conceito de relativismo, a ideia de que a verdade e a moralidade podem variar de pessoa para pessoa ou de cultura para cultura. Isso desafiou as noções convencionais de verdade absoluta e ética inalterável.
Crítica à Tradição: Os sofistas desafiaram muitas das tradições e crenças aceitas da época. Eles questionaram a validade dos mitos religiosos e o status quo social, incentivando as pessoas a pensar criticamente sobre suas crenças e costumes.
O Homem como Medida de Todas as Coisas: A famosa afirmação de Protágoras de que "o homem é a medida de todas as coisas" sugere que o entendimento humano é o critério final para a determinação da natureza da realidade. Esta foi uma virada radical em relação à tradição filosófica anterior que se concentrava mais na cosmologia. Esta mudança de foco para o sujeito humano tornou-se uma característica central da filosofia ocidental subsequente.
Resumo:
1. Origem: Os sofistas surgiram na Grécia Antiga durante o século V a.C., um período conhecido como a era dourada de Atenas.
2. Educação paga: Foram os primeiros a receber pagamento pela educação, democratizando o acesso à aprendizagem.
3. Retórica: Eles eram especialistas na arte da retórica, a habilidade de falar e argumentar eficazmente.
4. Relativismo: Defendiam o relativismo, a ideia de que a verdade é subjetiva e depende da perspectiva do indivíduo.
5. Perspectivismo: Protágoras, um dos sofistas mais conhecidos, afirmou que "o homem é a medida de todas as coisas", enfatizando o papel do indivíduo na interpretação do mundo.
6. Negando a Verdade Absoluta: Górgias, outro sofista notável, questionou a existência de uma verdade objetiva e absoluta.
7. Ensino prático: Eles focavam em ensinar habilidades práticas e úteis para a vida na cidade-estado, como a habilidade de falar em público e argumentar em um tribunal.
8. Contribuição para a dialética: Eles foram fundamentais para o desenvolvimento da dialética, a arte do debate e discussão.
9. Crítica de Sócrates: Sócrates criticou os sofistas por sua ênfase na persuasão sobre a busca pela verdade.
10. Influência na democracia: A habilidade de persuasão ensinada pelos sofistas era essencial na democracia ateniense, onde a habilidade de falar bem poderia influenciar a opinião pública.
11. Cosmopolitismo: Eram viajantes, levando suas ideias e ensinamentos por toda a Grécia e além.
12. Pragmatismo: Eles acreditavam no valor prático do conhecimento, em vez de buscar a verdade "pura" ou "absoluta".
13. Relativismo Moral: Defendiam que a moralidade não é absoluta, mas varia entre diferentes pessoas e culturas.
14. Crítica da tradição: Eles questionaram as tradições e os valores estabelecidos da sociedade grega.
15. Legado: Apesar das críticas, o legado dos sofistas persiste na importância que damos à retórica, ao pensamento crítico e ao questionamento do status quo.